SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTO ANTÓNIO DA LAGOA - AÇORES


OPINIÃO

 Foi com muito orgulho que, em 3 de Janeiro de 2001, aceitei integrar a Comissão Promotora, com vista a constituir a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santo António de Lagoa (Açores), cuja instalação se veio a verificar naquele mesmo mês.
 
 A cidade da Lagoa era, naquela altura, o único Concelho da Região Autónoma dos Açores que não possuía uma Santa Casa da Misericórdia. O espaço temporal que nos separava da maioria das outras Santas Casa era, aproximadamente, de cinco séculos. Haveria, portanto, de criar tudo de novo e obter os meios financeiros necessários para conseguir concretizar todos os seus projectos.
 
 A Lagoa era, e ainda é, um concelho com problemas sócio económicos e com défice ao nível de equipamentos sociais que pudessem desenvolver projectos em ordem a encontrar respostas sociais com vista a resolver ou minimizar os problemas mais prementes das famílias, nomeadamente, no apoio aos seus idosos, crianças e jovens, de modo a atingir uma sociedade mais justa e inclusiva.
 
 Num curto espaço de tempo foram concretizados vários projectos. Criaram-se várias valências de apoio social tal como: o Lar de Jovens em Risco; três Centros de Convívio; um Lar de idosos; um ATL, e uma Loja Solidária.
 
 Foi adquirido um terreno na freguesia de Stª. Cruz, para instalação faseada de uma Creche, um Cao - Centro de Actividades Ocupacionais - e um Lar de Cuidados Continuados, bem como, uma Horta Comunitária.
 
 O Lar de Idosos foi o projecto que me deu mais prazer em dirigir, na medida em que foi a valência que esteve sob a minha responsabilidade directa, desde a sua projecção, construção, instalação, selecção de pessoal, de equipamento até ao seu pleno funcionamento.
 
 Apesar de ser muito recente, a Santa Casa da Misericórdia é hoje uma das maiores empregadoras no concelho e instituição de maior responsabilidade na resolução dos problemas sócio-económicos, não só na Lagoa mas de toda a Ilha. Por isso, sinto muito orgulho nessa obra que ajudei a criar, juntamente que os meus companheiros Mesários.
 
 Os onze anos que estive à frente dos destinos dessa Instituição, primeiro como Vice Provedor e, depois, como Provedor, foram muito gratificantes e de grande realização pessoal apesar de terem exigido muito trabalho, dedicação e muito sacrifício pessoal e familiar.
 
A todos aqueles que contribuírem para a sua edificação e funcionamento, um Bem Haja.
 

João M. Sousa

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